sábado, 6 de março de 2010

- que cara é essa? e nem venha me dizer que é a única que tem.
- ai, sophie, por favor não venha me encher a paciência.
- encher? estou aqui pra esgotá-la, chérie. mas conte-me, o que houve?
- não houve nada. e com mais um pouquinho de esforço, não haverá nada.
- mon dieu, sempre nessa - como é que vocês dizem? - lenga-lenga. fala logo, yara!
- nada, acho que foi o vinho só.
- oui oui. conta outra. não sou idiota.
- sim, tu não. mas talvez eu seja. a maior idiota do mundo.
- não se superestime.
- como tu és cruel, sophie!
- cruel? moi? não me culpe pelos atos de outras pessoas. não fui eu que te deixou assim.
- tens razão, desculpe-me. mas tu podes me deixar quieta?
- est-ce une blague? até parece que sabe ficar quieta. e... ah! já entendi tudo...
- parabéns. agora podes me deixar em paz?
- tá, agora eu preciso mesmo de une tasse de café. volto pra te chatear mais tarde.

porque não é possível que uma pessoa dessa não aprenda nunca.

sophie bordeaux